domingo, diciembre 17, 2006



Manchada de tinto seco, Gertrudes sublimava as conversas fúteis e inúteis, não tinha paciência com figuras sedentas de verdes valores.

Mesmo manchada de tinto seco naquele ambiente burguês, loiro, liso e escorrido, Gertrudes tentava se divertir ouvindo as conversas sobre o mais lindo modelo de celular com 2 gigas de memória. Passava gelo em sua roupa para evitar manchas que a macularia(m).

O jantar acabou e Gertrudes um pouco mais seca, respingada de carmim é esquecida na porta, afinal o verde para Gertrudes é, principalmente, a cor que sai do seu sorriso noturno.

Suaves lágrima emudecemram seu olhar. Percebeu que ali seus sorrisos, suas convicções eram banais; loucura, silêncio, Antonioni, Freud, Foucault, filosófos, Poinê, Eumônia, Caos, valores coloridos, Lacan, Praia Grande, tambor, Arthur Bispo do Rosário, estética, poética, Philotes, a Fada, um artista, a Menina das Metáforas Amarelas, cada menino, cada menina, que tudo, tudo isso não servia naquele lugar.

4 comentarios:

Anónimo dijo...

O que é que serve então?
Infinitas perguntas...

Anónimo dijo...

o verde, cor mais verde, verde limão,
às vezes verde abobrinha

diz isso pra gertrudes

Anónimo dijo...

adoro manchas amargas de tinto seco...
ah, se o vinho fosse verde...
a gertrudes seca poderia ficar tinta.
tinta verde.

não?!
^^
adorei também os valores coloridos...
na praia grande então...

bjos, moça bonita!!!

Sol Noturno dijo...

pois é Anônimo, Gertudres já sabia que as abobrinhas são verdes, mas não quis fazer a referência.